Arte Cabo-verdiana a preço de amigo
Por Sara Grainha do Vale
“Enquanto eu for presidente, as aulas não se pagam. Até hoje tive várias sortes na vida, por exemplo, no fim do mês vou para Vermont ter uma formação com um dos maiores encenadores do mundo e não vou pagar nada por isso. Quero dar isto aos outros”. Queriam, não queriam? Nós também. Infeliz ou felizmente as palavras não são nossas mas de Mano Preto, o presidente dos Raiz di Polon. Raiz d quê? Di Polon. Aguenta mais umas linhas e já vais perceber. A Rua de Baixo apresenta o grupo de dança contemporânea mais importante da Europa de África, o país comummente chamado de Cabo Verde. Caríssimos leitores, estes são os Raiz di Polon; a outra parte já é convosco – olhem que se encontram bons pacotes de viagens.
A raiz
Mano Preto ou José Manuel do R. G. Brandão (aqui entre nós, pseudónimos não fofinhos são sempre boas opções, olhem o Mark Twain, a Florbela Espanca ou o Lelo Minsk) é coreografo, interprete, cenógrafo e, vá respira, co-fundador e presidente dos Raiz di Polon. Vamos por partes então. Os Raiz di Polon – embondeiro talvez seja mais explicito ou, pelo menos, de mais fácil visualização. São aquelas árvores gigantes da savana africana, as mesmas que aparecem nas fotografias de férias nos safaris no Kénia, geralmente a serem abraçadas por uma família inteira vestida à Coronel Tapioca – são um grupo, aliás, O GRUPO de dança contemporânea que mais tem posto Cabo Verde na cena cultural internacional. Fundado por Mano e pelo grande bailarino e coreografo Cabo-verdiano Zezinho Semedo, começou numa pequena semente mas pronto de fez raiz. Ler mais »»
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