Ópera Crioulo – 27 e 28 de Março no CCB

Uma Ópera Cabo-verdiana

ANTÓNIO TAVARES – VASCO MARTINS

«(…) a extraordinária Ópera cabo-verdiana “Crioulo” (…)» António Mega Ferreira, in Público

Dia 27 e 28 de Março no Grande Auditório do CCB

“Crioulo” um espectáculo pluridisciplinar, de dimensão operática, com mote na génese de Cabo Verde e na idiossincrasia do seu povo como forma para abordar temáticas passadas e actuais. Especial destaque para a soprano Carla Simões, Sara Tavares, Coro Voces Caelestes e Quarteto Artzen.

Ópera “Crioulo” é uma peça dinâmica, onde o belo, o grotesco e o sagrado se conjugam, entre os diversos mosaicos, através do movimento. Foi concebida como uma coreografa, não sendo apenas a música a transportar o conteúdo da ópera e não se limitando a contar histórias através dos cantores, mas também pelas imagens e linguagem gestual própria da dança que vem complementar a música.

Trata-se de uma abordagem que associa diferentes níveis de representação sem que nenhum deles procure dominar o outro. Uma Dramaturgia onde se cruzam três linhas de ideias, diversas de estilo, épocas e pensamento: a História da formação de Cabo Verde, ancorada na música, com textos baseados em cânticos populares de trabalho e acontecimentos históricos; o Presente, chamando o Mar como via, como fosso que nos separa e nos une, cemitério para gentes do Sul que procuram o Norte, sinal de esperança ou mina do El Dorado, voltando a descobrir a mesma história passada dos séculos XVI e XVII, colada aos nossos dias; a Dança, um grito no silêncio, uma linha condutora que tece estas duas ideias temporais numa dicotomia constante – o sincretismo.

Uma Linha Plástica dotada de simplicidade e linearidade estética, onde o minimalismo repetitivo da forma cúbica, multiplicada no espaço cénico até à exaustão, mostra-se como metáfora do próprio porão, usado nas naus para transporte de mercadorias e gentes, aqui reinventado por este elemento caixa/ grade metálica, criando assim uma enorme cortina de ferro onde podemos vislumbrar vultos navegando no seu seio. A Música sacralizada no alto do palco, como órgão de catedral, representa assim toda a música que viajou com os homens das naus e o pensamento aliado à evangelização.

O compositor inspirou-se na música Mandiga e nos Kotocos, no batuque, na ‘coleixa’, nos ritmos de tambores de ‘sanjõn’, na morna, na música ibérica peninsular (com infuências da música árabe), na ‘tabanka’, na ‘valsinha’ e no ‘ambiente’ musical dentro/fora do espaço temporal, aproveitando a música da época clássica europeia, a música tradicional da África Ocidental e de Cabo Verde, a música ibérica e situando todo este universo musical no tempo actual.

A Dança apropria-se do espaço, desenhado pelo objecto cénico, que provoca o corpo aprisionado pelas amarras dos condicionalismos formais, onde o jogo psicofísico dos movimentos verticais se confronta com os planos circulares, a partilhar um destino comum no círculo interminável do pau de almajarra, de sofrimento, canseiras e maus tratos, destilando suor, sangue e lágrimas.

Duração: 1h50m

Baseado em textos de ANTÓNIO CARREIRA E OSWALDO OSÓRIO

Principais Intérpretes:

Cordas: QUARTETO ARTZEN
Coro: VOCES CAELESTES
Soprano: CARLA SIMÕES
Participação especial: SARA TAVARES

Música e libreto: VASCO MARTINS
Direcção artística e coreografia: ANTÓNIO TAVARES
Direcção musical: PEDRO NEVES
Espaço cénico: CATARINA PICCIOCHI
Desenho de luz: JORGE RIBEIRO
Figurinos: SOFIA VILARINHO
Direcção técnica e de cena: JOÃO FRANGO
Assistência coreográfica: PAULA PINTO
Direcção de produção: NUNO RICOU SALGADO
Produção: RITA CABRAL FAUSTINO
Assistência de produção: EMÍLIA FERREIRA
Branding / Sponsorship: PAULO PEREIRA

27 e 28 Mar 2009 – 21:00
S/INTERVALO
M/12 ANOS
GRANDE AUDITÓRIO

PREÇOS
1.ª PLATEIA 25€
2.ª PLATEIA 20€
LATERAIS 20€
CAMAROTES CENTRAIS 25€
CAMAROTES LATERAIS 20€
1.º BALCÃO 20€
2.º BALCÃO 15€
BALCÃO LATERAL 15€
GALERIAS 5€ (LUGARES VISIBILIDADE REDUZIDA)

DESCONTOS HABITUAIS (PARA BILHETES ADQUIRIDOS NO CCB)

Nota de Imprensa

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