Fontes próximas do artista, citadas pela publicação, na noite de sábado, Norberto Tavares queixou-se de problemas respiratórios e foi levado para o hospital Saint Lucas, onde faleceu.
Em Julho do ano passado, Norberto Tavares foi submetido a um transplante de rim. A partir daí, o músico começou a apresentar melhoras e mais tarde foi autorizado, pelo médico, a suspender o tratamento de diálise.
O cantor nasceu a 6 de Junho de 1956, no Concelho de Santa Catarina (ilha de Santiago) e emigrou para Portugal na década de 1970, onde gravou alguns álbuns de funaná, o seu género musical de eleição.
Em Portugal, formou um grupo denominado Black Power, juntamente com outros músicos de Cabo Verde. Norberto lançou seu primeiro álbum de funaná e batuko em 1975.
Produziu várias gravações ainda em Portugal, antes de emigrar para os Estados Unidos, em 1979.
Apesar de ter vivido quase toda a sua vida fora de Cabo Verde, Norberto Tavares continuou a reflectir nas suas músicas as preocupações e o “sofrimento” do povo das ilhas. Por causa disso, foi considerado activista político, embora se tenha sempre considerado “um crítico de condições sociais injustas”.
Entre os seus álbuns mais conhecidos encontram-se ‘Nôs Cabo Verde di Sperança’ (1976), “Volta pa Fonti (1979), ‘Jornada di un Badiu’ (1989) e ‘Hino di Unificaçon’ (1993), que se tornaram parte do repertório popular, especialmente na ilha de Santiago.
Fonte: Correio da Manhã
A Semana disse: Deixou-nos o autor de “Nos Cabo Verdi di Sperança”
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O fundador dos Bulimundo, o Katchas, inspirou-se no trabalho do Norberto Tavares, nomeadamente o “Volta pa Fonti”, para desenvolver o seu “funaná eléctrico”.