«maior e o melhor cartaz de sempre», com 33 concertos.
A nona edição do Festival Músicas do Mundo (FMM) arrancou sexta-feira em Porto Covo, estendendo-se durante nove dias a outros três palcos do concelho de Sines, onde apresenta 217 artistas dos cinco continentes em 32 concertos
Este ano, o festival de ‘world music’ promovido pelo município alentejano de Sines volta a prometer, até 28 de Julho, o «maior e o melhor cartaz de sempre», cumprindo o feito de trazer ao litoral alentejano convidados de todos os cantos do mundo.
A organização confia numa adesão de perto de «50 mil espectadores», número idêntico ao do ano passado, numa edição que apresenta um orçamento de 750.000 euros, mais 250.000 do que no ano passado.
«Esperamos uma boa adesão em Sines e em Porto Covo, até porque já sabemos que o tempo vai estar bom nos próximos dias», disse hoje à agência Lusa Manuel Coelho, presidente do município e percursor do festival.
A abrir o evento, na aldeia piscatória de Porto Covo, sobe ao palco uma formação portuguesa, como é tradição do festival.
Os Galandum Galundaina começam a noite de sexta-feira às 21h30, com música de raiz tradicional mirandesa, rimances, danças de roda e ilhaços (instrumentais sobre os quais dançam os pauliteiros que os acompanham), a cargo de instrumentos como as gaitas-de-foles mirandesa e galega, o bombo e as flautas.
O espectáculo prossegue pela noite dentro com o croata Darko Rundek e a banda Cargo Orkestar, que reúne oito artistas de diversas origens, e o grupo Etran Finatawa, do Níger, de que fazem parte músicos tuaregues e «wodaabe».
Sábado, o FMM continua a dar música em Porto Covo, recebendo o americano Don Byron e o seu jazz, a malinesa Mamani Keita, acompanhada do guitarrista francês Nicolas Repac, e os Deti Picasso, eleitos a melhor banda da Rússia em 2002.
Seguem-se, domingo, os húngaros Djabe, a dupla Karl Seglem/Rão Kyao, em estreia mundial, e os ucranianos Haydamaky, que cruzam reggae, punk e música tradicional.
Segunda-feira, o festival instala-se em Sines, chegando primeiro ao auditório do Centro de Artes.
No Centro de Artes de Sines actuam, na primeira noite, o cantautor francês Marcel Kanche (21:30) e as irmãs gémeas Ttukunak, que trazem do País Basco a «txalaparta», um instrumento de percussão com dois mil anos.
Terça-feira, o mesmo palco recebe os concertos da cantora portuguesa Lula Pena e do violinista bretão Jacky Molard.
Quarta-feira, o FMM assenta arraiais no Castelo de Sines, onde arranca às 21h30, com o concerto do repetente Trilok Gurtu, considerado «o maior percussionista do mundo», que desta feita traz uma banda própria.
Logo depois, sobem ao palco os Bellowhead, eleitos melhor grupo e espectáculo nos Folk Awards da BBC Radio 2 e tidos como «a maior revelação da folk britânica no século XXI», seguidos da cantora maliana Oumou Sangaré.
A noite continua na Avenida da Praia, que “inaugura” o palco com a Oki Dub Ainu Band, vinda do Japão, que actua a partir das 02:30.
Dia 26, é na praia que se ouvirão os primeiros sons, às 19:30, com Harry Manx, um britânico radicado no Canadá.
O contrabaixista português Carlos Bica abre a noite no castelo, acompanhado dos americanos Frank Möbius e Jim Black e do DJ alemão Ill Vibe, seguindo-se os malianos Tartit e o etíope Mahmoud Ahmed.
A noite termina na praia, com um concerto pela madrugada, a cargo do britânico Bitty McLean, que actuará ao lado dos franceses The Homegrown Band (em substituição da dupla Sly & Robbie, cuja presença foi cancelada devido a um acidente do baixista jamaicano Robbie Shakespeare).
O espectáculo continua dia 27 ao final da tarde, na praia, com a estreia da Oceânia no festival, representada pelo pianista neo-zelandês Aron Ottignon, com o grupo Aronas.
Ao castelo, à noite, chega o brasileiro Hamilton Holanda, apelidado de «o maior bandolinista do mundo», o World Saxophone Quartet dos Estados Unidos e, da Argélia, o cantor Rachid Taha.
A madrugada acolhe a formação La Etruria Criminale Banda, vinda da Itália, na Avenida da Praia.
No último dia do festival, a praia volta a receber dois concertos, um pela tarde, com a orquestra bretã Norkst, e outro de madrugada, a encerrar o FMM, do grupo com origens alemãs e chilenas Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito.
Antes, no Castelo, às 21:30, pode ouvir-se a cantora suíça Erika Stucky e o grupo Roots of Communication, seguida do rapper somali K’naan, eleito revelação das músicas do mundo de 2006 pela BBC Radio 3, e do grupo Gogol Bordello, oriundo dos Estados Unidos e da Ucrânia.
O concelho de Sines recebe ainda diversas iniciativas paralelas ao festival, como a exposição «Ngola Bar», do fotógrafo angolano Kiluanji Kia Henda, animação de rua, um ciclo de cinema, ateliers para crianças, conversas com artistas e sessões de DJ, que levam mais além as noites da Avenida da Praia.
Lusa/SOL
FMM 2007 – Programa
O Festival Músicas do Mundo de Sines tem, em 2007, o seu mais vasto programa de sempre, com 33 concertos e muito mais.
simao gonçalves miguel messias diz
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