Teatro – A Barraca
O ódio anda à solta nas grandes metrópoles.
A necessidade, a insegurança, o futuro sombrio transformaram o homem – e principalmente a juventude – numa massa irregular, inconstante e suicidária.
Os bandos, cada vez mais frequentes e maiores, criam-se não por solidariedade ou afectividade, mas por obediência a um espírito de guerra, de agressão. Trata-se de excluir e marginalizar o “OUTRO”, e acredita-se que a morte do adversário/inimigo é a garantia da vida própria e do futuro sem manchas.
O pano de fundo mais evidente de toda esta linha doutrinária é o racismo.
Nada mais fácil que identificar a diferença pela cor da pele.
Apesar de essa pele diferente deixar de ser importante quando o seu portador for milionário ou alta figura social – o que prova muito claramente que, no fundo, o racismo não passa de uma mistificação e de um embuste que mascara a verdadeira verdade – a continuidade ad eternum ?, da luta de classes.
Na margem sul do Tejo, frente a Lisboa, zona de grande tensão e conflitos entre a população, causados pelo desemprego e encerramento de unidades industriais, vivem grupos de jovens radicalmente inimigos.
Os mais célebres e activos são os skin-heads e os negros marginais.
Comunidades opostas, rivais, mas de idênticos princípios sectários e dogmáticos, são confrontadas com o amor absurdo e proibido que nasce entre um skin-head e uma negra.
Trata-se de uma possivel versão contemporânea de um dos pontos altos da dramaturgia universal (Romeu e Julieta) e dos grandes temas que a humanidade transmitiu de pais para filhos: amores contrariados, conflitos inter-rácicos e desencontro entre o sonho, a esperança e o fatalismo trágico.
Helder Costa
Ficha Artística e Técnica
Espectáculo de Helder Costa
Canções de Jorge Palma
Coreografias: Célia Alturas
Movimento, Lutas, Vídeo e Making of: Fernando Cardoso (Nani)
Apoio de Lutas: José Reis e Chullage
Vozes: Paulo Serafim
Guarda-Roupa: Rita Fernandes e Ruben Santos
Costureira: Inna Siryk
Adereços: Luis Thomar
Sonoplastia: Ricardo Santos
Luminotecnia: Fernando Belo
Recolha de som e vídeo: José Carlos Pontes
Relações Públicas e Produção: Elsa Lourenço e Inês Aboim
Assistente de Produção: Inês Costa
Secretariado: Maria Navarro
Fotografias: Luís Rocha e Tânia Araújo – Movimento de Expressão Fotográfico (MEF)
Fotografia de Cartaz: Miguel Claro
Elenco:
Sérgio Moras – skin Pedro
Ciomara Morais – Leonor
Adérito Lopes – skin, padre, aluno
Pedro Borges – skin Carlos
Rita Fernandes – mãe e freira
Ady Batista – Sónia, Betty, Feiticeira
Carlos Paca – João, aluno
Fabrizio Quissanga – pai, preto velho
Giovanni Lourenço – aluno, preto velho
Patrícia Adão Marques – Isabel
Ruben Santos – skin Cabeçudo, aluno
Rute Miranda – skin, Elisa, mulher bairro de lata, professora
Estagiários da Escola Gil Vicente:
Diogo Severino – skin Lingrinhas, aluno
Maikel Sani – aluno, preto velho
Vera Ferreira – skin Rosa, colegial
Horário
a partir de 18 de Fevereiro
5 ª a Sábado às 21h30
Domingo às 16h00
na sala 1 do TeatroCinearte
M/16
De 28 de Março a 7 de Abril não haverá espectáculo. A companhia vai estar em digressão na Suiça.
Bilhetes:
12,5€
10€ – Menores 25, Maiores 65, Profissionais Espectáculo, Estudantes, Reformados e
Grupos (+ 15 pessoas)
Informações e Reservas: bilheteira@abarraca.com, 213965360, 213965275
Estrutura financiada por:
Ministério da Cultura, Direcção Geral das Artes
veja mais em http://abaladadamargemsul.blogspot.com
Apoios:
Câmara Municipal de Lisboa, ISPA, MEF, Unit, Cision, Rádio Europa, Antena 2, Novos Parodiantes, SMF Jeans, Super Bock
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